sábado, 26 de março de 2011

Colégio Encanto Unid. II.
Natal, 17 de março de 2011.
Alunas: Bárbara Letícia Ramos de Medeiros.
              Dayanne Gomes Carneiro da Cunha.
              Fernanda Vitória Silva do Nascimento.
              Thaynara Medeiros dos Santos.
9º ano.


Expansão colonial capitalista

Entre 1880 e 1914, surgia uma nova fase no desenvolvimento capitalista: o imperialismo ou neocolonialismo. As grandes potências capitalistas, Inglaterra, Rússia, Japão, França, Itália, Bélgica, Alemanha e EUA, começavam a tomar posse de terras dos continentes África, Ásia e Oceania, com o objetivo de obter lucros ainda maiores e o reconhecimento industrial, levando a ciência e a tecnologia aos países com baixo desenvolvimento, de tal forma que pudessem extrair desses locais matérias primas e novas fontes de energia. Isso se deu graças a três diferentes fatores: econômicos, políticos e culturais.
• Fatores econômicos: diferente da primeira colonização, no século XV, onde o Estado queria acumular ouro e prata nos cofres reais e envolvia o tráfico de escravos e levar o cristianismo ao mundo, o neocolonialismo tinha como objetivo, a busca de novos mercados pelos países industrializados. Com o tempo, a concorrência se tornou cada vez maior juntamente com a queda dos preços, o que gerou a falência de diversas empresas e uma grave crise econômica entre 1873 e 1896. A saída encontrada foi a conquista de novos mercados na África e na Ásia. A busca por novas fontes de tecnologia e matéria prima, fez com que os países industrializados formassem uma economia global única, dominando territórios.
• Fatores políticos: a campanha imperialista foi utilizada pelos países ricos como propaganda política, no intuito de obter da população, apoio aos governos dos países imperialistas.
• Fatores culturais: as conquistas da ciência e indústria seriam levadas aos países atrasados, fazendo com que a influência e o predomínio europeu, fossem o maior sobre o restante do mundo.

Estratégias de colonização

 O domínio colonial dos países europeus sobre as populações locais era, na maior parte dos casos, extremamente violento. A mãe de obra nativa, sempre mais numerosa que a dos colonizadores, era utilizada na agricultura, no extrativismo e na construção de obras que facilitassem o escoamento dos produtos até o litoral, para serem embarcados para a Europa.
A Grã-Bretanha, principalmente, recorria muitas vezes a lideranças locais, aproveitando as disputas internas e a estrutura do poder.

O império colonial britânico

Na África, em 1883, os ingleses estabelecem um protetorado no Egito, ou seja, um governo subordinado à Coroa britânica. Em seguida, conquistaram os territórios que viriam a ser o Sudão egípcio, a Rodésia, a Nigéria e a África Oriental Inglesa.

A ocupação britânica na Austrália e na Nova Zelândia se consolidou na metade do século XIX. Na Ásia, a colônia indiana era a mais importante possessão inglesa.

Os britânicos, interessados no mercado consumidor indiano, proibiram a produção de tecidos na colônia.

A Guerra dos Boxers

A Guerra dos Boxers foi um conflito ocorrido na China entre os anos de 1899 e 1900, onde um violento grupo nacionalista lutava contra a presença dos estrangeiros em seu território. Inconformados com o domínio do poder imperial decidiram conter a intervenção imperialista no país, um grupo de lutadores da China desenvolveu uma sociedade secreta, conhecida como “A Sociedade dos Punhos Harmoniosos e Justiceiros” ou os “Boxers”, para lutar contra os imperialistas.
Com o apoio das autoridades locais, os boxers realizaram suas primeiras ações, cortaram linhas telegráficas, destruíram ferrovias e perseguiram os missionários cristãos. Apesar de uma organização simples, os participantes dessa revolta atacavam tudo àquilo que poderia representar a dominação dos ocidentais em seu país.
1900, a cidade de Pequim foi ocupada e destruída em diversas áreas. Dias depois dessa invasão, a China declarou guerra às potências imperialistas.
Foi em 1901, que tudo realmente foi resolvido. Foi feito um acordo de paz. No dia 7 de setembro de 1901, a Paz ou Protocolo de Pequim oficializou os acordos que puseram fim à Guerra dos Boxers. Derrotado, o governo chinês se viu obrigado a pagar uma pesada indenização em ouro e liberar novos portos às embarcações estrangeiras. Além disso, os imperialistas impuseram a sua autoridade na capital do país e proibiram os chineses de importarem armamentos. Nas décadas seguintes, apesar do fracasso, outros levantes determinaram o fim da dominação estrangeira na China.
Os boxers foram bastante perseguidos e assassinados, muitos foram até fuzilados.



A Rebelião Ashanti

Aconteceram várias rebeliões contra o domínio ocidental no mesmo período, na África. A Rebelião Ashanti foi extremamente a mais significativa na então Costa do Ouro (atual Gana) e que durou dez anos, de 1890 a 1900, em uma encarniçada luta contra o domínio britânico representado pelo governador Arnold Hodgson.
Somava-se a precariedade das condições de vida, acarretando elevada taxa de mortalidade.
A cultura do povo ashanti se baseava em uma tradição de nações guerreiras e uma história de mulheres orgulhosas e respeitadas. Os tambores, era objeto importante da tradição guerreira dos ashanti, eram usados para se comunicar por grandes distâncias.
Essa rebelião é um exemplo modelar da violação de mando com reconhecida legitimidade advinda do fato de ser consagrada por investidura ritual. Ela decorreu da deposição de grande número de chefes tradicionais das chefias locais, por parte da burocracia colonial britânica, envolvendo, portanto, a violação do caráter sagrado da realeza, nos planos religioso e cultural.
Por fim, o governo britânico exigiu que o seu representante se sentasse no Tamborete de Ouro, símbolo da alma ashanti e da sua sobrevivência como nação e, por isso, instrumento de consagração da legitimidade dos seus chefes era destinado aos líderes sagrados.
A indignação dos ashanti levou praticamente todos os Estados importantes a enfrentar os ingleses em inúmeras batalhas sangrentas debeladas só depois da prisão e deportação da líder, a rainha de Edweso, Nana Yaa Asantewaa e de vários generais ashantis, em 1900.

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