Lênin
Lênin foi um revolucionário russo e
um dos principais personagens da Revolução Russa. Como líder do Partido Comunista, sua ideologia influenciou
pessoas em todo o mundo.
Vladimir
Ilyitch Ulianov nasceu em Simbirsk, na Rússia, no dia 22
de abril de 1870. Entre os seis filhos da família, o jovem se tornou conhecido
como Lênin. Desde adolescente teve contato com
ideologias políticas, especialmente por causa da influência de seu irmão Alexandre
Uilánov. Este, aos 21 anos fazia parte de um grupo de estudantes
niilistas em São Petersburgo. O irmão de Lênin integrou um grupo de extrema
esquerda chamado Pervomartovtsi, o
qual foi responsável pela tentativa de assassinato do czar Alexandre
III. Uilánov foi preso juntamente com o restante do grupo, sendo
condenado à morte em 1887, quando Lênin tinha apenas 17 anos. O ocorrido deixou
Lênin muito impressionado e convencido de que o anarquismo não oferecia a
melhor alternativa para se derrubar o czarismo na Rússia.
No mesmo ano da morte do
irmão, Lênin começou a alterar o destino de sua vida. Em 1887 mudou-se
para Kazan, onde foi cursar a faculdade de Direito.
No decorrer dos estudos que o jovem Lênin teve contato com as ideologias que
realmente marcariam suas ações futuras. E, principalmente, tornou-se ummarxista.
Após se formar, Lênin dedicou-se ao estudo dos problemas econômicos da Rússia,
tendo como base orientadora os escritos de Marx e Engels.
Lênin consolidou sua
ideologia, acreditando e seguindo o marxismo, e passou a combater os
populistas. Seu retorno definitivo e triunfal para Rússia ainda demoraria muito
tempo para acontecer. Após formado, passou um tempo na Suíça, em 1895, onde fez
contato com exilados russos, dentre os quais estava Plekanov.
Quando voltou para Rússia, com a intenção de dar vida ao Partido
Social Democrata Russo, acabou sendo preso e exilado na
Sibéria, local onde permaneceu por três longos anos.
Ainda assim, em congresso do
Partido Social Democrata Russo, a corrente da qual Lênin fazia parte conseguiu
se impor graças a uma pequena maioria. Em 1905 eclodiu uma revolução na Rússia,
sem liderança definida ou objetivos bem claros, mas que serviu para abalar a
sustentação do czarismo no país e fragmentar o prestígio do então czar Nicolau
II. Nesta ocasião, o partido de Lênin entrou em desacordo sobre as
posturas que deveriam ser tomadas no movimento revolucionário e acabou se
sucedendo um racha. A corrente interna que contava com a participação de Lênin
ficou caracterizada por acreditar que as mudanças na Rússia deveriam acontecer
através da ação revolucionária, dando origem ao Partido
Bolchevique, de cunho mais radical. Já a oposição acreditava que o processo
deveria ser mais moderado e contando com a atuação da burguesia, o que deu
origem ao Partido Melchevique.
Após a Revolução Russa, Lênin
teve que fugir novamente da Rússia, já que o czar Nicolau II se aproveitou da
fragmentação dos reformadores para reafirmar seu poder na Rússia. A partir de
1909 Lênin fica fora da Rússia por mais cinco anos, vivendo na Europa
Ocidental.
Alguns anos mais tarde, em
1917, a inconformidade com o czarismo se acentuou na Rússia e o processo
revolucionário tomou rumos mais organizados para efetivação. Em fevereiro do
mesmo ano, o Partido Menchevique começou a implementar medidas que causariam a mudança
da tradicional estrutura do país. Entretanto, o grupo mais radical não estava
satisfeito com alterações, queria mais radicalização e impactantes mudanças na
Rússia. Essa era a postura do Partido Bolchevique, liderado por Lênin. Em
outubro de 1917, os bolcheviques assumiram o controle da revolução e o poder
russo. Lênin foi eleito presidente do Conselho
dos Comissários do Povo, combateu com voracidade os
adversários do povo. Em meio ao processo revolucionário, o czar Nicolau II foi
punido com a morte.
Em alguns momentos, Lênin
utilizou de mecanismos da economia de mercado, mas era ação integrante de sua
política comunista na Rússia que influenciou o restante do mundo, mesmo que
fosse necessário “recuar um passo para avançar dois”, como costumava dizer.
Lênin participou da fundação da União Soviética e
criou uma corrente teórica chamada leninismo que influenciou partidos
comunistas em todos os lugares.
No mesmo ano da criação da
União Soviética, 1922, Lênin contraiu uma doença que o levaria à morte em 21 de
janeiro de 1924. Seu corpo foi embalsamado e permanece até hoje exposto em seu
mausoléu na Praça Vermelha, em Moscou.
Leon Trotsky
Nascido
em família de origem judaica, Lev Davidovich Bronstein, que mais tarde
assumiria o nome de guerra de Leon Trotsky,
foi preso pela primeira vez aos 18 anos, por seu envolvimento com grupos
revolucionários. Passou dois anos em diversas cadeias czaristas.
Em 1900 casou-se com Alexandra Lvovna Sokolovska e foi deportado para a Sibéria. Dois anos depois fugiu e viajou para Londres, onde entrou em contato com Lênin e outros exilados russos. No mesmo ano conheceu Natalya Sedova, que se tornou sua companheira.
Trotsky voltou à Rússia por ocasião de levante de operários de São Petersburgo, em 1905. No ano seguinte, foi preso novamente e deportado. Passou por diversos países, chegando finalmente aos Estados Unidos. Ali recebeu a noticia da revolução de fevereiro, que depôs o Czar e instalou um governo provisório na Rússia. Trotsky voltou a seu país, mas antes ficou detido por algum tempo no Canadá.
Quando chegou a Rússia, assumiu um papel ativo na organização de trabalhadores e soldados. No final de 1917, os bolcheviques, liderados por Lênin e Trotsky, deram um golpe de Estado e derrubaram o governo provisório, dando início ao que chamavam de "ditadura do proletariado" e criando uma República Soviética da Rússia.
De 1918 a 1921 Trotsky exerceu o cargo de Comissário do Povo para a Guerra, numa Rússia em guerra civil. Ao contrário do que gostam de admitir seus admiradores, foi um militar linha dura, que não hesitava em usar a violência contra inimigos ou supostos adversários. Esmagou com mão de ferro uma revolta de anarquistas na cidade de Kronstadt em 1921.
Em 1923 aprofundou-se a cisão entre ele e seu companheiro de partidoStalin, provocada pela ascendência deste na crescente burocracia partidária e por divergências políticas relacionadas aos rumos da revolução. Trotskypropugnava a expansão da revolução por outros países, enquanto Stálin formulava a doutrina do socialismo em um país único.
Com a morte de Lênin, em 21 de janeiro de 1924, começou a corrida pela sucessão. No Comitê Central do Partido Bolchevique, iniciou-se o processo de calúnia e difamação de Trotsky promovido por Stalin e seus principais aliados de ocasião, Kamenev e Zinoviev. Em 1925 Trotsky foi proibido de falar em público e em 1929 foi banido da União Soviética.
Ficou no exílio na Turquia até 1933, na França até 1935 e depois na Noruegaaté 1937. Finalmente, foi para o México, no dia 9 de janeiro de 1937. Nunca deixou de lado o ativismo político, propondo políticas revolucionárias que se opunham às desenvolvidas pelos partidos comunistas que gravitavam em torno da União Soviética em todo o mundo. Em 1938, escreveu o panfleto "Programa de Transição", que é o programa de fundação da 4a Internacional Comunista.
Stalin, porém, considerava a militância de Trotsky uma ameaça real a sua hegemonia sob o movimento comunista internacional. Assim, infiltrou um agente seu na residência mexicana de Trotsky, Ramón Mercader, que o matou a golpes de picareta em 1940. Mercader jamais assumiu ter agido a mando de Stalin.
Em 1900 casou-se com Alexandra Lvovna Sokolovska e foi deportado para a Sibéria. Dois anos depois fugiu e viajou para Londres, onde entrou em contato com Lênin e outros exilados russos. No mesmo ano conheceu Natalya Sedova, que se tornou sua companheira.
Trotsky voltou à Rússia por ocasião de levante de operários de São Petersburgo, em 1905. No ano seguinte, foi preso novamente e deportado. Passou por diversos países, chegando finalmente aos Estados Unidos. Ali recebeu a noticia da revolução de fevereiro, que depôs o Czar e instalou um governo provisório na Rússia. Trotsky voltou a seu país, mas antes ficou detido por algum tempo no Canadá.
Quando chegou a Rússia, assumiu um papel ativo na organização de trabalhadores e soldados. No final de 1917, os bolcheviques, liderados por Lênin e Trotsky, deram um golpe de Estado e derrubaram o governo provisório, dando início ao que chamavam de "ditadura do proletariado" e criando uma República Soviética da Rússia.
De 1918 a 1921 Trotsky exerceu o cargo de Comissário do Povo para a Guerra, numa Rússia em guerra civil. Ao contrário do que gostam de admitir seus admiradores, foi um militar linha dura, que não hesitava em usar a violência contra inimigos ou supostos adversários. Esmagou com mão de ferro uma revolta de anarquistas na cidade de Kronstadt em 1921.
Em 1923 aprofundou-se a cisão entre ele e seu companheiro de partidoStalin, provocada pela ascendência deste na crescente burocracia partidária e por divergências políticas relacionadas aos rumos da revolução. Trotskypropugnava a expansão da revolução por outros países, enquanto Stálin formulava a doutrina do socialismo em um país único.
Com a morte de Lênin, em 21 de janeiro de 1924, começou a corrida pela sucessão. No Comitê Central do Partido Bolchevique, iniciou-se o processo de calúnia e difamação de Trotsky promovido por Stalin e seus principais aliados de ocasião, Kamenev e Zinoviev. Em 1925 Trotsky foi proibido de falar em público e em 1929 foi banido da União Soviética.
Ficou no exílio na Turquia até 1933, na França até 1935 e depois na Noruegaaté 1937. Finalmente, foi para o México, no dia 9 de janeiro de 1937. Nunca deixou de lado o ativismo político, propondo políticas revolucionárias que se opunham às desenvolvidas pelos partidos comunistas que gravitavam em torno da União Soviética em todo o mundo. Em 1938, escreveu o panfleto "Programa de Transição", que é o programa de fundação da 4a Internacional Comunista.
Stalin, porém, considerava a militância de Trotsky uma ameaça real a sua hegemonia sob o movimento comunista internacional. Assim, infiltrou um agente seu na residência mexicana de Trotsky, Ramón Mercader, que o matou a golpes de picareta em 1940. Mercader jamais assumiu ter agido a mando de Stalin.
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